quinta-feira, 29 de março de 2012




PEDAÇOS DE MIM.

Porque as pessoas não querem ver o lado negro, obscuro, o que não está aparente no outro?
Porque o meu escudo se torna a minha rocha, a minha fantasia?
Que ninguém me veria quando mais me exaltaria? Quando mais em mim doía?
Eu abro as feridas dos outros através dos meus próprios olhos, através dos teus próprios olhos.
Sou parte de um mim que existe em você. Vontade de renascer. Isso é constante. É toda hora, nem dá pra contabilizar. Quando penso, já sou, já fui, já voltei. Já nasci de novo. A minha guia um dia me dizia: você está numa crise criativa!
Isso desde então me soou poético e desde agora me coloco a expulsar todos os sentimentos que outro dia puderam estar oprimidos ou reprimidos por isso ou por aquilo outro.
E por quê? E para quê?
Tudo isso porque me amo, porque te amo um tanto quanto me amo e quero refletir esse amor em você, que é um conto do infinito ou um beijo do que há escondido.

...

Beijar alguém é como relacionar o que há de novo com o que há de velho. É como esparramar futuros desejos que nem sabemos de onde vêem, se vão ser realizados ou até mesmo continuar a serem desejados.

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Um perfume, um raio, um brilho de uma flor, um deus escondido com medo da dor. Todo anjo tem um carinho, um aconchego que transformado em som, cor, forma, ou desejo aliviam a dor.

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Um anjo, um homem, um deus, seja lá quem somos nós, não podemos amar? Não podemos chorar e abrir as fronteiras do entardecer da vida refletindo as águas do amanhecer?

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O desejo do amanhecer, só sinto no entardecer.
Como faço então para florescer?

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Nasço, morro e renasço a cada dia.
E transformo a luz do perfume do sol de cada dia.



Rebecca Espínola.

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